Ano VII - 2007/2013 - BLOG FENÔMENOS SOBRENATURAIS - Developed by IVSON DE MORAES ALEXANDRE - VOLTA REDONDA - ESTADO DO RIO DE JANEIRO - BRASIL.
Seja bem-vindo. Hoje é

segunda-feira, 30 de março de 2009

O que é paranormal e pseudociência?

Paranormal é toda a experiência que parece transcender as leis naturais e estar fora dos limites da experiência normal ou dos fenômenos explicáveis pelos conhecimentos científicos existentes.O que define a paranormalidade de certos fenômenos é que os cientistas não podem referendar sua existência ou ocorrência com uma explicação ou teoria considerada plausível.


Por exemplo, os fenômenos parapsicológicos tais como a telepatia, a telecinese, a clarividência e a precognição são exemplos típicos do paranormal, pois não podem ser aprovados e explicados pela ciência atual.Pseudociência e paranormalidade não são a mesma coisa. Muitas crenças não são científicas porque violam as regras de evidência e os métodos de pesquisa científica, porém não são paranormais no sentido de invocar um poder ou mecanismo causal que contraria as leis da natureza.Crenças em fenômenos exóticos, tais como, o Mapinguari, Nessie, Yeti e Big Foot representam exemplos típicos de pseudociência. Teoricamente, dentro dos parâmetros atuais da ciência, tais criaturas poderiam existir sem violar nenhuma lei natural, porém a maioria dos cientistas considera que as evidências que poderiam apoiar sua existência são fracas, inconclusivas, contraditórias ou não-confirmatórias.


Os fenômenos do paranormal e pseudociência também tem sido referidos por alguns como "fenômenos fronteiriços" (fringe phenomena, em inglês), na medida em que seu equacionamento e tratamento os situa às margens da ciência atual.Terence Hines advoga um ponto de vista interessante ao considerar a paranormalidade como um subconjunto da pseudociência. Ele argumenta que todas as crenças paranormais são pseudocientíficas, porém nem toda a pseudociência tem natureza paranormal.


A pseudociência atrai e fascina as pessoas na medida em que apregoa a obtenção de grandes resultados com aplicação de um esforço mínimo. Luis Alfonso Gámez, no livro “Skeptical Odysseys”, com muita propriedade assim descreve o charme e sedução bem como os malefícios causados pela pseudociência:
“... esta é a imagem oferecida pela pseudociência: o acesso a conhecimento mágico, fama e dinheiro fácil sem precisar de estudo ou perseverança, está ao alcance de qualquer um capaz de ler um par de livros. Para esses, o estudo do paranormal vale mais que o esforço gasto em estudos tradicionais, tais como cursar uma faculdade ou lutar por um título de pós-gradução. Não é preciso nada para virar um especialista do paranormal. É por isso que há muitos deles por aí. Contudo, é preciso um tipo especial de caráter.”“


A pseudociência mata, pura e simplesmente. Deve-se à pseudociência, por exemplo, as mortes prematuras de pessoas que caíram nas mãos de curandeiros e recusaram terapias da medicina convencional tais como cirurgias cardíacas ou tratamentos contra o câncer que poderiam ter salvo suas vidas. Graças aos que administram a “cura pela fé”, muitas centenas de diabéticos são hospitalizados em estado de coma após interrupção do seu tratamento insulínico seguindo as recomendações desses 'terapeutas'. Muitos doentes de câncer abandonam a medicina científica e passam a tomar poções homeopáticas, extratos de ervas, cartilagem de tubarão ou submetem-se a cirurgias mediúnicas. Muitas famílias (nos E.U.A.) foram destruídas quando um de seus membros denunciou abuso sexual infantil com base em memórias reprimidas relatadas em sessões de hipnose, e admitidas nos tribunais como prova única.”“Devemos tudo isso, e muito mais, à pseudociência: pessoas inocentes são burladas em bilhões de reais por falsos profetas e com total impunidade; muitas empresas selecionam seu pessoal com base em análise de caligrafia orientada por consultores em grafologia ou em horóscopos de astrólogos em vez de dar atenção às capacidades genuínas dos candidatos a um posto de trabalho; o desperdício da curiosidade de milhares de jovens que caem nas mãos de místicos que oferecem explicações simplistas da realidade; enormes somas de dinheiro que alguns governos desperdiçaram em projetos de pesquisa mal concebidos, dinheiro esse que poderia ter sido usado para melhores finalidades.” “A maioria das pessoas, em toda a parte, adotam alguma forma de crença esotérica. Os levantamentos estatísticos indicam que, pelo menos entre o grande público, a pseudociência está avançando a passo firme. Algumas pessoas não se importam, mas eu afirmo que a pseudociência é perigosa não só para os seus discípulos, mas também para a sociedade inteira.”


O que é ceticismo?
Ser cético é "ver para crer" continuando assim a pôr em prática a antiga sabedoria de São Tomé. É não aceitar alegações extraordinárias sem provas ou evidências concretas. É trocar a fé pela ciência, esta última muito mais útil, produtiva e confiável.Falamos aqui do chamado "ceticismo científico" (diferente do ceticismo filosófico e epistemológico), uma ferramenta muito útil que nos permite uma análise crítica e moderna do Paranormal, Pseudociência e todos aqueles fenômenos ditos "fronteiriços", que ocorrem em áreas à margem da ciência.


A situação atual da ciência em todo o mundo é sombria. Em vez de ensinar os jovens a pensar, as escolas entulham suas cabeças com um amontoado de conhecimentos em sua maioria inúteis. O resultado é que campeiam a superstição e a ignorância num mundo infestado de anjos, OVNIs, ETs, astrólogos, videntes, seitas esotéricas e filosofias estranhas. A ciência vem paulatinamente estudando e desmistificando esses fenômenos misteriosos. Após 122 anos de investigação séria nenhum fenômeno paranormal foi cientificamente comprovado, e 57 anos de investigação de OVNIs e ETs resultaram em nada de concreto.A mídia vem tendo uma atuação simplesmente deplorável. No afã de criar notícias, livros e programas sensacionais, deixa-se de lado a análise crítica do conteúdo e dá-se guarida a qualquer boato e alegação extraordinária. A triste realidade é que sensacionalismo vende, ao passo que ceticismo não vende!Nas palavras de Michael Shermer, "há muitas razões pelas quais as pessoas acreditam em coisas fantásticas, mas certamente a mais comum é simplesmente porque nunca ouviram uma boa explicação para as coisas misteriosas que ouviram ou leram.


Por falta de uma boa explicação, elas aceitam a má explicação que é tipicamente oferecida. Só isto já justifica todo o trabalho duro feito pelos céticos em prol da causa da ciência e pensamento crítico. Isso faz 'aquela' diferença."Se você é um cético, saiba que não está só! Aproveite este maravilhoso meio de comunicação que é a Internet para trocar idéias e informação com os seus companheiros de jornada.


O ceticismo do cientista Marcelo Gleiser
O Ônus do Ceticismo Carl Sagan
Falsas ciências e teorias pseudocientíficas Valdir Gomes
Ávida Credulidade Renato Sabbatini
Desafios Daniel Sottomaior


"Na verdade, não existe o paranormal ou sobrenatural; há somente o normal e o natural – e mistérios a serem ainda explicados. É tarefa da ciência, não da pseudociência, solucionar esses enigmas com explicações naturais em vez de sobrenaturais."Michael Shermer


"É importante perceber que, em cem anos de pesquisas parapsicológicas, nunca houve uma única demonstração adequada da realidade de qualquer fenômeno paranormal (psi)."Terence Hines


"As guerras religiosas e a caça às bruxas teriam sido bem menos numerosas ao longo da história houvessem as alucinações sido conhecidas como fenômenos naturais e houvessem os 'possuídos pelo diabo' sido considerados doentes."Robert L. Thorndike


"O que se quer não é a vontade de acreditar mas o desejo de descobrir, que é exatamente o oposto."Bertrand Russell


"As ilusões de uma pessoa é insanidade, ilusões de uns poucos uma seita, e de muitos uma religião."Autor desconhecido


"A mais comum de todas as loucuras é acreditar apaixonadamente no que é evidente não ser verdadeiro. É a principal ocupação da humanidade."H. L. Mencken


"Liberdade para investigar espíritos, mas não 'espíritos santos', não é liberdade coisa nenhuma."Bruce L. Flamm e Janice R. Goings


"O maior inimigo da verdade é freqüentemente não a mentira – deliberada, planejada, desonesta – mas sim o mito – persistente, entranhado e irreal."John F. Kennedy


"Eu fiz um esforço incessante para não ridicularizar, não menosprezar, não escarnecer as ações humanas, mas sim para compreendê-las."Baruch Spinoza


"Então, quando estiver diante da pseudociência, mantenha a navalha de Ockham ao seu lado e entoe o mantra 'Hipótese, Experimento, Análise' para manter o tridente da Idiotice longe das suas partes carnudas."Steve Cook


Fonte:Geocities

Poltergeist

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Esta página é sobre o fenômeno.
Capa da revista francesa "La Vie Mysterieuse", sobre o caso Therese Selles (1911).
Poltergeist (do alemão polter, que significa ruído, e geist, que significa espírito) é um tipo de evento sobrenatural que se manifesta deslocando objetos e fazendo ruídos.
Acredita-se que o foco dessa perturbação é muitas vezes uma criança na fase da puberdade, em geral do sexo feminino. O evento caracteriza-se por estar relacionado a um indivíduo e por ter curta duração. Difere da chamada assombração, que pode-se estender por anos, sempre associada a uma área, geralmente uma casa.
No fenômeno poltergeist um espírito perturbado usa o indíviduo para se manifestar, às vezes de forma agressiva, fazendo objetos como pedras, por exemplo, voarem pelos ares atingindo objetos e outras pessoas. Para a manifestação desse espírito, segundo a literatura espírita, é necessária a presença de um médium de efeitos físicos, ainda que seja completamente alheio à sua faculdade, para que os fenômenos ocorram.
Há casos famosos na literatura parapsicológica, como o da família Lutz que, em 1976, foi atormentada por entidades inferiores durante os 27 dias que viveram em uma casa na pequena cidade de Amityville, nos Estados Unidos da América, que passaria às telas de cinema com o nome de Horror em Amityville. Um dos integrantes da família, George Lutz afirmou que durante a noite ouvia o ruido de uma banda marcial tocando na sua sala de estar, evento só constatado por ele.

sexta-feira, 27 de março de 2009

O Relâmpago e o Trovão

Durante a formação de uma tempestade, verifica-se que ocorre uma separação de cargas elétricas, ficando as nuvens mais baixas eletrizadas negativamente, enquanto as nuvens mais altas se eletrizam positivamente. Várias experiências realizadas por pilotos de avião voando perigosamente através de tempestades, comprovaram a existência desta separação de cargas.
Podemos concluir que existe, portanto, um campo elétrico entre as nuvens mais baixas e mais altas. A nuvem mais baixa, carregada negativamente, induz na superfície terrestre uma carga positiva , criando um campo elétrico entre elas.
À medida que vão avolumando as cargas elétricas nas nuvens, a intensidade destes campos vão aumentando, acabando por ultrapassar o valor da rigidez dielétrica do ar..
Quando isso acontece, o ar torna-se condutor e uma enorme centelha elétrica
( relâmpago ) salta de uma nuvem para outra ou de uma nuvem para a Terra
Esta descarga elétrica aquece o ar, provocando uma expansão que se propaga em forma de uma onda sonora que chega diretamente da descarga, como também pelas ondas refletidas em montanhas, prédios, etc.
Fonte: educar.sc.usp

sexta-feira, 20 de março de 2009

A ALMA APÓS A MORTE

A VIDA E A MORTE
Qual é a causa da morte, nos seres orgânicos?
- A exaustão dos órgãos.

Pode - se comparar a morte à cessação do movimento numa a máquina desarranjada?
- Sim, pois se a máquina estiver mal montada, a sua mola se quebra: se o corpo estiver doente, a vida se esvai.

Por que uma lesão do coração, mais que a dos outros órgãos, causa a morte?
- O coração é uma máquina de vida. Mas não é ele o único órgão em que uma lesão causa a morte; ele não é mais do que uma das engrenagens essenciais.

Em que se transformam a matéria e o princípio vital dos seres orgânicos, após a morte?
- A matéria inerte se decompõe e vai formar novos seres; o princípio vital retorna à massa.

Após a morte do ser orgânico, os elementos que o formaram passam por novas combinações, constituindo novos seres, que haurem na fonte universal o princípio da vida e da atividade, absorvendo-o e assimilando-o, para novamente o devolverem a essa fonte, logo que deixarem de existir.
Os órgãos estão, por assim dizer, impregnados de fluido vital. Esse fluido dá a todas as partes do organismo uma atividade que lhes permite comunicarem-se entre si, no caso de certas lesões, e restabelecerem funções momentaneamente suspensas. Mas quando os elementos essenciais do funcionamento dos órgãos foram destruídos, ou profundamente alterados, o fluido vital não pode transmitir-lhes o movimento da vida, e o ser morre.
Os órgãos reagem mais ou menos necessariamente uns sobre os outros; é da harmonia do seu conjunto que resulta essa reciprocidade de ação. Quando uma causa qualquer destrói esta harmonia, suas funções cessam, como o movimento de um mecanismo cujas engrenagens essenciais se desarranjaram; como um relógio gasto pelo uso, ou desmontado por um acidente, que a força motriz não pode pôr em movimento.
Temos uma imagem mais exata da vida e da morte num aparelho elétrico. Esse aparelho recebe a eletricidade e a conserva em estado potencial, como todos os corpos da Natureza. Os fenômenos elétricos, porém, não se manifestam enquanto o fluido não for posto em movimento por uma causa especial, e só então se poderá dizer que o aparelho está vivo. Cessando a causa da atividade, o fenômeno cessa: o aparelho volta ao estado de inércia. Os corpos orgânicos seriam, assim, como pilhas ou aparelhos elétricos nos quais a atividade do fluido produz o fenômeno da vida: a cessação dessa atividade ocasiona a morte.



A ALMA APÓS A MORTE
Em que se transforma a alma no instante da morte?
- Volta a ser Espírito, ou seja, retoma ao mundo dos Espíritos, que ela havia deixado temporariamente.


A alma conserva a sua individualidade após a morte?
- Sim, não a perde jamais. O que seria ela, se não a conservasse?


Como a alma constata a sua individualidade, se não tem mais o corpo material?
- Tem um fluido que lhe é próprio, que tira da atmosfera do seu planeta e que representa a aparência da sua última encarnação: seu perispírito.


A alma não leva nada deste mundo?
- Nada mais que a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor. Essa lembrança é cheia de doçura ou de amargor, segundo o emprego que tenha dado à vida. Quanto mais pura ela for, mais compreenderá a futilidade daquilo que deixou na Terra.


Que pensar da opinião de que a alma, após a morte, retorna ao todo universal?
- O conjunto dos Espíritos não constitui um todo? Quando estás numa assembléia, fazes parte integrante da mesma, e não obstante conservas a tua individualidade.


Que prova podemos ter da individualidade da alma após a morte?
- Não tendes esta prova pelas comunicações que obtendes? Se não estiverdes cegos, vereis; e se não estiverdes surdos, ouvireis; pois freqüentemente uma voz vos fala e vos revela a existência de um ser que está ao vosso redor.


Os que pensam que a alma, com a morte, volta ao todo universal estarão errados, se por isso entendem que ela perde a sua individualidade como uma gota d'água que caísse no oceano. Estarão certos, entretanto, se entenderem pelo todo universal o conjunto dos seres incorpóreos de que cada alma ou Espírito é um elemento.
Se as almas se confundissem no todo, não teriam senão as qualidades do conjunto, e nada as distinguiria entre si; não teriam inteligência nem qualidades próprias. Entretanto, em todas as comunicações elas revelam a consciência do eu e uma vontade distinta. A diversidade infinita que apresentam, sob todos os aspectos, é a conseqüência da sua individualização. Se não houvesse, após a morte, senão o que se chama o Grande Todo, absorvendo todas as individualidades, esse todo seria homogêneo, e então as comunicações recebidas do mundo invisível seriam todas idênticas. Desde que encontramos seres bons e maus, sábios e ignorantes, felizes e desgraçados, desde que há de todos os caracteres: alegres e tristes, levianos e sérios, etc., é evidente que se trata de seres distintos.
A individualização ainda se evidencia quando estes seres provam a sua identidade por meio de sinais incontestáveis, de detalhes pessoais relativos à vida terrena, e que podem ser constatados; ela não pode ser posta em dúvida quando eles se manifestam por meio das aparições. A individualidade da alma foi teoricamente ensinada como um artigo de fé, mas o Espiritismo a torna patente e, de certa maneira, material. (As teorias psicológicas, metapsíquicas e outras, sobre as aparições são hipóteses pessoais e parciais, que não abrangem a totalidade dos fatos e bastaria isso para provar a sua fragilidade e insustentabilidade científicas. (N. do T.))


Em que sentido se deve entender a vida eterna?
- É a vida do Espírito que é eterna: a do corpo é transitória, passageira. Quando o corpo morre, a alma retorna à vida eterna.


Não seria mais exato chamar vida eterna a dos Espíritos puros, que tendo atingido o grau de perfeição, não têm mais provas a sofrer?
- Essa é a felicidade eterna. Mas tudo isto é uma questão de palavras: chamai as coisas como quiserdes, desde que vos entendais.



SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO
A separação da alma e do corpo é dolorosa?
- Não; o corpo, freqüentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que às vezes se provam no momento da morte são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio.
Na morte natural, que se verifica pelo esgotamento da vitalidade orgânica, em conseqüência da idade, o homem deixa a vida sem o perceber: é uma lâmpada que se apaga por falta de energia.


Como se opera a separação da alma e do corpo ?
- Desligando-se os liames que a retinham, ela se desprende.


A separação se verifica instantaneamente, numa transição brusca? Há uma linha divisória bem marcada entre a vida e a morte?
- Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo que fosse libertado. Os dois estados se tocam e se confundem, de maneira que o Espírito se desprende pouco a pouco dos seus liames; estes se soltam e não se rompem.


Durante a vida, o Espírito está ligado ao corpo pelo seu envoltório material ou perispírito; a morte é apenas a destruição do corpo, e não desse envoltório, que se separa do corpo quando cessa a vida orgânica. A observação prova que no instante da morte o desprendimento do Espírito não se completa subitamente; ele se opera gradualmente, com lentidão variável, segundo os indivíduos. Para uns é bastante rápido e pode dizer-se que o momento da morte é também o da libertação, que se verifica logo após. Noutros, porém, sobretudo naqueles cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito mais demorado, e dura às vezes alguns dias, semanas e até mesmo meses, o que não implica a existência no corpo de nenhuma vitalidade, nem a possibilidade de retorno à vida, mas a simples persistência de uma afinidade entre o corpo e o Espírito, afinidade que está sempre na razão da preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É lógico admitir que quanto mais o Espírito estiver identificado com a matéria, mais sofrerá para separar-se dela. Por outro lado, a atividade intelectual e moral e a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida corpórea, e quando a morte chega é quase instantânea. Este é o resultado dos estudos efetuados sobre os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações provam ainda que a afinidade que persiste, em alguns indivíduos, entre a alma e o corpo, é às vezes muito penosa, porque o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso é excepcional e peculiar a certos gêneros de morte, verificando-se em alguns suicidas.


A separação definitiva entre a alma e o corpo pode verificar-se antes da cessação completa da vida orgânica?
-Na agonia, às vezes, a alma já deixou o corpo, que nada mais tem do que a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo, e não obstante ainda lhe resta um sopro de vida. O corpo é uma máquina que o coração põe em movimento. Ele se mantém enquanto o coração lhe fizer circular o sangue pelas veias e, para isso, não necessita da alma.


No momento da morte a alma tem às vezes uma aspiração ou êxtase que lhe faz entrever o mundo para o qual regressa?
- A alma sente, muitas vezes, que se desatam os liames que a prendem ao corpo e então emprega todos os seus esforços para os desligar de uma vez. Já parcialmente separada da matéria, vê o futuro desenrolar-se ante ela e goza por antecipação do estado de Espírito.


O exemplo da larva que primeiro se arrasta pela terra, depois se fecha na crisálida, numa morte aparente, para renascer numa existência brilhante, pode dar -nos uma idéia da vida terrena, seguida do túmulo e por fim de uma nova existência?
- Uma pálida idéia. A imagem é boa, mas é necessário não tomá-la ao pé da letra, como sempre fazeis.


Que sensação experimenta a alma no momento em que se reconhece no mundo dos Espíritos?
- Depende. Se fizeste o mal com o desejo de fazê-lo, estarás, no primeiro momento, envergonhado de o haver feito. Para o justo, é muito diferente: ele se sente aliviado de um grande peso, porque não receia nenhum olhar perquiridor.


O Espírito encontra imediatamente aqueles que conheceu na Terra e que morreram antes dele?
- Sim, segundo a afeição que tenham mantido reciprocamente. Quase sempre eles o vêm receber na sua volta ao mundo dos Espíritos e o ajudam a libertar-se das faixas da matéria. Vê também a muitos que havia perdido de vista durante a passagem pela Terra; vê os que estão na erraticidade, bem como os que se encontram encarnados, que vai visitar.


Na morte violenta ou acidental, quando os órgãos ainda não se debilitaram pela idade ou pelas doenças, a separação da alma e a cessação da vida se verificam simultaneamente ?
- Geralmente é assim; mas, em todos os casos, o instante que os separa é muito curto.


Após a decapitação, por exemplo, o homem conserva por alguns instantes a consciência de si mesmo?
- Freqüentemente ele a conserva por alguns minutos, até que vida orgânica se extinga de uma vez. Mas muitas vezes a preocupação da morte lhe faz perder a consciência antes do instante do suplício.


Não se trata, aqui, senão da consciência que o supliciado pode ter de si mesmo como homem, por meio do corpo, e não como Espírito. Se não perdeu essa consciência antes do suplício, ele pode conservá-la por alguns instantes, mas de duração muito curta, e a perde necessariamente com a vida orgânica do cérebro. Isso não quer dizer que o perispírito esteja inteiramente desligado do corpo, mas, pelo contrário, pois em todos os casos de morte violenta, quando esta não resultada da extinção gradual das forças vitais, os liames que unem o corpo ao perispírito são mais tenazes, e o desprendimento completo é mais lento.
A quantidade de fluído vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturado de fluído vital, enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são mais ativos, mais enérgicos e, de certa maneira, de vida superabundamente.
A quantidade de fluído vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contém. O fluído vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que tem menos, e em certos casos fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se.


Allan Kardec - O Livro dos Espíritos

quarta-feira, 18 de março de 2009

CORPOS de SANTOS são mantidos intactos pela igreja



Quando o corpo do Papa João XXIII foi exumado, em março de 2001, estava em boas condições, apesar de morto há 37 anos. Na época, o Papa João Paulo II decidira que João XXIII precisava de um novo local para abrigar seus restos mortais de modo atender mais convenientemente ao grande número de visitantes que se dirigiam à sua tumba, que ficava na Cripta de Basílica de São Pedro, em Roma. Hoje, em 2005, João Paulo II, filho de camponeses e conhecido como “Papa do Povo”, está a caminho da santificação e um dos primeiros passos deste processo é a exumação do cadáver a fim de se possa proceder à identificação, um procedimento de praxe.Embora os corpos dos Papas não sejam inteiramente embalsamados, são “preservados” com formol a fim de prolongar o período possível de exposição pública. Sobre o caso do Papa João XXIII, Joseph Watts, que coordena funerais e exumações do Vaticano, comentou no New York Daily News: “Ele foi embalsamado como de costume. Isso é feito por médicos e o lugar em que o corpo foi colocado, as Catacumbas, é perfeito. Watts, que visitou a tumba na ocasião da exumação, disse que o estado de preservação do Papa, provavelmente, foi resultado de uma combinação de fatores: o fluído balsâmico era um composto com base em um formolaldeído e outras substâncias químicas; o caixão possui três camadas e foi colocado em uma cripta de mármore. Não havia infiltração de água ou qualquer coisa que favorecesse a desintegração do corpo.

Vicenzzo Pascalli, da Universidade de Roma, também considera normal o estado de preservação do corpo do Papa João XXIII: “Isso é muito mais comum do que geralmente se pensa. O corpo do Santo Padre estava bem protegido e o oxigênio era escasso no interior do caixão que, em sua estrutura de três camadas, contém materiais como chumbo e zinco que capturam o oxigênio, o que ajuda a retardar o processo de decomposição.”
Fonte:curiosidadesnanet

domingo, 15 de março de 2009

O Horror do Passado

Múmias descobertas no Peru permitem nova visão de uma civilização perdida
Mariana Bazo/Reuters





Um gesto de dor preservado para a eternidade: a posição fetal podia ser uma forma de preparar para o renascimento

As múmias egípcias são as mais famosas e estudadas do mundo. Mas, quando o assunto é impacto dramático, as andinas podem surpreender. De doze múmias da cultura chachapoya encontradas nas florestas do norte do Peru , uma em especial impressionou os arqueólogos por seu gesto e expressão. Suas mãos sustentam a cabeça e, entre elas, uma boca escancarada urra de dor, lembrando o quadro O Grito, do pintor norueguês Edvard Munch. Sete anos atrás, exploradores encontraram três múmias de crianças incas de aparência igualmente impressionante nas encostas de um vulcão ao norte da Argentina. A 6.000 metros de altitude, a baixa temperatura fez com que os corpos fossem preservados. Órgãos internos, o sangue e até a pele permaneceram praticamente intactos, o que permitiu uma visão perfeita da serena fisionomia dos pequenos, como se a morte deles tivesse sido recente.
Os corpos dos chachapoyas permaneceram por 600 anos em uma caverna a 25 metros de profundidade até ser descobertos por um fazendeiro. Os chachapoyas se instalaram na região por volta do ano 800. Criavam lhamas e construíram cidades e fortalezas em áreas montanhosas de difícil acesso. A cidade mais bem preservada é Cuelap, a 3.000 metros acima do nível do mar, onde ruínas de 400 edifícios e torres de defesa, com paredes e frisos decorados, se escondem na mata. Apesar de sua elevada estatura e da fama de aguerridos lutadores, não conseguiram impedir, no século XV, a conquista pelos incas, que os chamavam de "povo das nuvens" (chachapoyas, na língua quíchua). A civilização então entrou em decadência. Como parte da política inca de subjugação de outros povos, adultos foram deportados para diversas regiões do império, que ia do Equador ao norte do Chile. Com a chegada dos conquistadores espanhóis, no século XVI, os poucos sobreviventes aliaram-se aos europeus na luta contra seus antigos dominadores.





Saedi Press/AP
O faraó Tutancâmon: tomografia para reconstituir a face


Foram os incas que ensinaram aos chachapoyas os métodos para embalsamar os mortos. Pedaços de algodão eram colocados debaixo das bochechas, na boca e no nariz, as vísceras eram retiradas, pernas e braços eram dobrados imitando um feto. A posição tem pelo menos duas explicações possíveis. "Pode ser uma forma de ocupar menos espaço ou de preparar o falecido para um renascimento no futuro", diz a arqueóloga Márcia Severina Vasques, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para evitarem a decomposição dos corpos na úmida Floresta Amazônica, os chachapoyas construíram plataformas de pedras e de madeira em penhascos que se elevam abruptamente no meio da mata. Também instalaram tumbas no interior de cavernas. A técnica funcionou. O mais difícil foi sobreviver ao vandalismo. Em 1996, camponeses descobriram mais de 200 múmias chachapoyas num penhasco próximo ao Lago dos Condores, a noroeste do Peru. Abriram os túmulos com ferramentas em busca de tesouros e roubaram peças. Quando souberam da notícia, arqueólogos do mundo todo correram para o local para barrar o vandalismo. Em 2000, um museu foi inaugurado na cidade próxima de Leimebamba para acolher os objetos.






Osvaldo Stigliano/El Tribuno/AP
Múmia inca: expressão facial preservada

Hoje as múmias dão um testemunho de enorme valor sobre sociedades do passado. O avanço da tecnologia de imagem, por exemplo, permite enxergar o corpo com precisão e em três dimensões – assim, recolhem-se informações difíceis de obter, como seus hábitos alimentares, rituais fúnebres e de que enfermidades sofriam. A tomografia realizada na múmia do faraó Tutancâmon, cuja tumba foi encontrada em 1922, permitiu reconstituir sua face, vista pela primeira vez em 3 300 anos. Encontrou-se também uma grave fratura no fêmur. Especialistas acreditam que uma infecção provocada por esse ferimento poderia ter sido o motivo da misteriosa morte do faraó, aos 19 anos. Outra múmia famosa é a de um caçador com mais de 5.000 anos encontrado nos Alpes italianos em 1991. Exames feitos em 2001 descobriram a ponta de uma flecha encravada no seu ombro esquerdo e vestígios de sangue de outras quatro pessoas, o que indicaria sua morte em luta. No caso das múmias chachapoyas, os achados são de imenso valor para compreender essa civilização perdida, que não dominava a escrita e não deixou documentos para auxiliar seu estudo. As múmias são uma ferramenta privilegiada para compreender o passado

sábado, 14 de março de 2009

O fenômeno físico

A chuva

A energia que faz a chuva vem do sol.
Esquenta e ilumina o planeta provocando evaporação das águas,
fotossíntese e evapotranspiração das plantas, etc.
Esta umidade vai sendo acumulada no ar.

A simples existência do calor do sol provoca movimentação das massas de ar
formando alguns tipos de ventos, e a radiação solar diferenciada pelo giro da terra
forma outros, que se misturam e interagem.

Uma quantidade imensa de água paira invisível sobre nossas cabeças.
Está em toda parte, inclusive entre seus olhos e a tela do seu computador.
Entra e sai de nossas narinas, etc..

Esta água é denominada umidade relativa do ar.

É ela que, sob certas circunstâncias,
forma nuvens e depois cai sob a forma de chuva.


A umidade relativa do ar

A umidade do ar é dita relativa,
porque se relaciona com a temperatura do ar.

Isto se dá de forma diretamente proporcional, ou seja:

quanto maior a temperatura do ar,
maior sua capacidade de conter umidade

É fácil percebermos se está alta ou baixa, pendurando roupa úmida no varal, à sombra.
Se a roupa secar logo, é porque "coube" facilmente mais umidade no ar, ou seja,
o ar estava com baixa umidade relativa.
É importante considerar a velocidade do vento, que quanto maior,
tanto mais renova o ar que passa imediatamente próxima ao tecido,
apressando a evaporação da água.

Um dos aparelhos utilizados para medir a umidade relativa,
a que dá-se o nome de psicrômetro,
consta simplesmente de dois termômetros iguais,
mas um deles tem um cadarço úmido envolvendo o seu bulbo.
(A outra ponta do cadarço está num pequeno vaso com água,
para que todo o cadarço permaneça úmido).

Seu princípio físico de funcionamento é mais ou menos assim:
quando a água vai evaporando do cadarço,
passa de estado líquido (do cadarço) para o estado gasoso (para o ar).
Nesta passagem de estado,
há um consumo de energia térmica.
Este mesmo processo é utilizado por algumas espécies de animais,
para que possam perder calor, o que chamamos comumente de suor.

Para se saber então, a umidade relativa do ar naquele momento,
basta que se tome a diferença de temperatura entre os dois termômetros,
e se confira o resultado em uma tabela pré-estabelecida
que relaciona a temperatura com a umidade.
Daí, obtemos a chamada Umidade Relativa do Ar.

Veja em "A formação das nuvens" abaixo,
como é que ocorre o processo inverso,
em que a umidade relativa do ar volta a ser água novamente.


A formação das nuvens

As nuvens se formam pela perda da capacidade do ar de conter umidade.

Isto ocorre normalmente,
quando massas de ar que estão com alta umidade relativa,
sofrem resfriamento.

Na atmosfera, isto se dá normalmente pela elevação destas massa de ar.

Ao subir, o ar vai se expandindo pela diminuição da pressão atmosférica.
Esta expansão, desconcentra calor, resfriando-o.

À medida que o ar vai se resfriando,
ele vai perdendo a capacidade de conter umidade,
ou seja,
sua umidade relativa vai aumentando até chegar a 100% da sua capacidade.
Daí para frente, a umidade começa a aparecer sob a forma de pequenas gotículas de água
que pairam no ar, levadas pelos ventos.

Quando o fenômeno ocorre a certa altura, chamamos de nuvem,
quando está próximo do chão, chamamos de neblina, serração, névoa, etc..

Se o processo continuar se intensificando,
haverá a precipitação da umidade em forma de chuva.

Tipos de chuvas

É muito simples identificar os tipos de chuvas, e prever sua ação e duração.
Veja a seguir:

A elevação das massa de ar, na América do Sul, ocorrem comumente de três formas,
as quais originam os três tipos básicos de chuva. São eles:

Chuva
Convectiva


Características: típica chuva de verão, com grande intensidade
e curta duração (é menos comum no inverno).
Pode produzir ventos locais e muitos raios. Ocorre pela formação de "corredores" verticais de ar, provocados pela elevação de massas de ar quente.

Como se forma: quando o sol aquece a terra, formam-se células convectivas.
Estas células são imensas massas de ar aquecido na superfície da terra,
que iniciam uma subida em algum local.
Esta subida tende a puxar para cima mais ar aquecido da superfície da terra.
O ar aquecido que está subindo empurra para cima e para os lados o ar que está acima dele. Acelera-se o processo como numa ampla e gigantesca chaminé.
Por isto, estas nuvens tem um formato típico de cogumelo.
São muito grandes, podendo ter dezenas de quilômetros de diâmetro,
e vários quilômetros de altura.

Podem ocorrer isoladas (com céu azul em volta),
o que é facilmente observado por pessoa que não esteja sob a imensa nuvem.

Quando o processo produz nuvens muito altas e de grande energia cinética,
criam ambiente ideal para formação de granizo.

Apresentam grande atividade elétrica interna,
com infinidades de raios e violentos ventos verticais e turbulências diversas.
São um enorme perigo para aeronaves.
Podem produzir grandes diferenças de potencial elétrico com a terra,
possibilitando intensa ocorrência de raios.
É uma nuvem muito sonora e relampagueante.

Chuva
Frontal


Características: é uma chuva de menor intensidade, com pingos menores, e de longa duração. Pode ocorrer por vários dias,
apresentando pausas e chuviscos entre fases mais intensas.

Na metade sudeste do continente, pode ocorrer em qualquer época do ano, mas tem maior duração nos meses frios, quando os fenômenos atmosféricos são menos intensos.
Pode produzir ventos fortes e grande quantidade de raios. Ocorre em uma imensa área simultaneamente.

Como se forma: ocorre pelo encontro de duas grandes massa de ar.
Uma quente e úmida, estacionária ou vinda do quadrante norte,
outra fria, vinda do quadrante sul.
A frente fria, mais densa, entra por baixo,
levando para cima a massa de ar quente.
Quando esta massa de ar quente possui elevada umidade relativa,
a chuva é iminente.

A intensidade dos fenômenos (chuvas, ventos, raios),
depende da intensidade dos elementos envolvidos
(velocidade dos deslocamentos, umidade e temperatura das massas de ar).
Frentes frias ocorrem comumente a cada 6 a 8 dias,
e poderão ou não provocar chuva.

Chuva
Orográfica

Características: ocorre quando uma nuvem encontra um alto obstáculo em seu caminho, como uma grande elevação do terreno, cadeia de morros, serra, etc.

Como se forma: para a massa de ar transpor o obstáculo, é forçada a subir.
Aí ocorre aquela velha história: ar que sobe é ar que se expande pela menor pressão atmosférica, e ar que se expande é ar que "dilui" calor. Massa de ar que perde calor, perde junto a capacidade de conter umidade, o que gera nuvens e em segmento, chuva.
Daí a grande incidência de nebulosidade e chuvas, muitas vezes torrenciais,
nas altas encostas dos morros.

Estas nuvens podem provocar tempestades elétricas perigosas,
pela proximidade da terra com as nuvens, sobretudo quando ocorre juntamente com outro tipo de chuva (frontal, convectiva).
Fonte: Lua.pop

domingo, 1 de março de 2009

FENÔMENOS ESPIRITUAIS

Sócrates e Platão na antiguidade e mais recentemente Paracelso e Swedenborg já haviam vislumbrado o mundo espiritual, mas foi no início do século XIX que os fenômenos aconteceram de forma avassaladora. Inclusive eram usadas por muitos incautos para exibições públicas. O povo adorava as manifestações, mas achava que se tratava de ilusionismo.



ALLAN KARDEC

Em 1857, Allan Kardec (pseudônimo adotado por Hyppolite Léon Denizard Rivail), nascido em 1804 em Lyon, na França, publica "O Livro dos Espíritos". O Público soube então que aquilo que vinha considerando uma diversão era na realidade uma espantosa realidade que merecia muito respeito. Kardec continuou com as suas pesquisas e lançou outros livros: O Livro dos Médiuns e "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de nítido cunho religioso. Os livros, segundo Kardec, eram ditados por espíritos (seus guias espirituais) em sessões reservadas. O cuidado com as entidades espirituais para evitar informações propositadamente inverídicas, ditadas por espíritos brincalhões se fazendo passar por sérios, era a técnica de Allan Kardec para chegar à verdade. Nasceu assim o espiritismo (termo criado por ele).
Depois, diversos estudiosos pesquisaram os fenômenos espirituais: Mesmer, Zöllner, Lombroso, Flammarion, Lodge, Bozzano, Geley e muitos outros, mas um cientista notável se destacou pelos resultados que conseguiu e que injustamente não foram, até hoje, definitivamente reconhecidos por todos, principalmente pela Comunidade Científica, embora o seu relatório não tenha deixado dúvidas. O nome dele é Sir William Crookes.

PESQUISAS DE WILLIAM CROOKES

William Crookes foi um dos mais brilhantes físicos da história da humanidade. Sua descoberta do elemento químico que denominou Thallium e as invenções do radiômetro(*), do espintariscópio(**) e da ampola Crookes (***) constitui apenas uma parcela da sua grande colaboração científica para o progresso da humanidade. Crookes recebeu as maiores honrarias da sociedade inglesa.
Foi eleito membro da Sociedade Real em 1863 e recebeu dessa entidade em 1875 a Royal Gold Medal, por suas pesquisas nos campos da física e da química. Depois foi agraciado com a Davy Medas (1888) e a Sir Joseph Copley Medas (1904). Foi nomeado Cavalheiro pela Rainha Vitória em 1897 e recebeu a Ordem do Mérito em 1910. Foi, por diversas vezes, presidente da Royal Society, da Chemicak Society, da Institution of Eletrical Engineers, da Society for Psychical Research e da British Association.
Em 1859, Crookes fundou o Chemical News. Depois foi redator do Quarterley Jounal of Science. Em 1880, a Academia de Ciências da França lhe conferiu uma medalha de ouro em reconhecimento ao seu inestimável trabalho. Justamente nessa época estavam em voga, na Europa e na América, os fenômenos espirituais. Era um desafio para a ciência que Crookes resolveu enfrentar. Iniciou as pesquisas pensando que tudo fosse tramóia dos apresentadores. Seus colegas de ciência achavam o mesmo e ficaram satisfeitos com a atitude de Crookes em pesquisar o assunto, achando eles que o eminente colega colocaria logo um ponto final naquilo que consideravam uma farsa.
Com o auxilio da médium Florence Cook e o Sr. Home, Crookes pesquisou durante quatro anos os fenômenos a seguir:
Movimento de corpos pesados com contato, mas sem esforço mecânico; fenômenos de percussão e outros sons semelhantes; movimento de objetos pesados colocados à distância do médium; mesas e cadeiras elevadas do solo sem ninguém lhes tocar; elevação de corpos humanos; aparições luminosas diversas; aparição de mãos luminosas ou visíveis à luz fraca; aparições de fantasmas; casos particulares demonstrando a ação de uma inteligência exterior; manifestações outras. Crookes fotografou ainda Katie King, o espírito que se materializava nas sessões de pesquisa, por 42 vezes. Esse material foi uma das mais contundentes provas da veracidade dos fenômenos.
Após a pesquisa Crookes publicou o seu relatório e enviou uma carta ao Sr.Stokes, Secretário da Sociedade Real, pedindo que viesse constatar os fatos in loco. Recusando-se Stokes assumiu a mesma postura dos cardeais que não quiseram ver as luas de Júpiter no telescópio de Galileu.
Crookes foi a partir daí ridicularizado pelos pensadores daquela época e até por colegas cientistas. Mesmo assim, prosseguiu com as pesquisas. Teve uma grande decepção ao receber uma das mais significativas homenagens da Coroa Britânica, o título nobiliárquico de "Sir". Foi-lhe sugerido que abandonasse as pesquisas e o que é pior, mudasse a conclusão do seu relatório e admitisse que tudo se tratava de uma alucinação psicológica. Crookes refutou com energia a sugestão indigna e continuou com os mesmos propósitos e a mesma certeza da existência da consciência humana depois do desaparecimento do corpo físico.



MAX PLANCK E A FÍSICA QUÂNTICA

Embora suas pesquisas não tivessem nada, diretamente, a ver com os fenômenos espirituais, um físico iluminado chamado Max Planck fez, em 1900, uma descoberta que provou, de maneira incontestável, a existência de outras dimensões (planos). Questão fundamental para se entender cientificamente para onde vão as nossas consciências depois da morte do corpo físico.
A Mecânica Quântica demonstrou a incerteza da localização e "momentum" de um elétron em uma órbita. Isso liquidou com o determinismo matemático e absoluto da física clássica, dando lugar então, ao determinismo das probabilidades e estatístico. A nova descoberta provocou a interação entre a ciência formal e o espiritismo científico (Kardecismo) . "Trocados em miúdos": Quando os corpúsculos do átomo desaparecem, vão pra onde?... Vão para algum lugar, é claro... E se voltam... Então esse lugar representa, sem nenhuma dúvida, uma outra dimensão, um outro ou inúmeros outros universos, onde podem estar também as consciências humanas que já deixaram o corpo material.

Os cientistas sempre tiveram uma postura cética em relação aos fenômenos sem explicação formal. Novas técnicas de comprovação desses fenômenos, no entanto, estão sendo criadas e cada vez mais a verdade vem à tona. O problema dos cientistas é que eles ainda teimam em usar métodos convencionais, exigindo a reprodutibilidade do fenômeno como se um espírito fosse uma reação química qualquer ou coisa que o valha. Ora, os espíritos não estão interessados em servir de cobaia e ainda mais, para quem a priori duvida de tudo.
Aos poucos no entanto, alguns cientistas vão reconhecendo o valor inestimável das pesquisas de Crookes, Charles Richet, Arthur Conan Doyle, Zöllner e outros pesquisadores. Reconhecendo também a ineficácia dos métodos convencionais para pesquisar fenômenos desse tipo.

O Prof. Álvaro Vannucci - do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, é um deles e diz no seu site:
"Tenho muito interesse nos assuntos ligados ao espiritismo codificado por Allan Kardec. No meu entender, os fenômenos mediúnicos (paranormais) ocorrem segundo leis naturais, que ainda não foram descobertas ou devidamente entendidas pela ciência atual. A principal dificuldade de se investigar esses fenômenos corresponde ao fato deles não serem reprodutíveis. Isto, no entanto, não impediu, que grandes cientistas como William Crookes, Charles Richet e Arthur Conan Doyle, se envolvessem intensamente com este fascinante assunto".

FATOS IMPRESSIONANTES
O redator desta matéria já teve experiências espontâneas, no ano de l974, como se sentir fora do corpo e sonhar com situações que logo aconteciam. Mas, o mais importante foi ter sido curado de uma grave moléstia pulmonar, não diagnosticada. A cura aconteceu logo depois de uma sessão de passes no Centro Espírita dirigido, na época, pelo Major Weyne (já falecido), no bairro de Messejana, em Fortaleza. No dia seguinte, as radiografias, tiradas no Hospital de Messejana, que antes apresentavam manchas que mudavam de lugar a cada nova chapa, nada mais revelavam de anormal e o paciente passou a gozar da mais perfeita saúde. As radiografias, ainda existentes, constituem uma prova irrefutável.
PS - "A eternidade será pouca para agradecer aos espíritos Bezerra de Menezes, Wilson de Brito, Diomendes Cordeiro Cavalcante (meu avô), José Araripe Cavalcante (meu tio), Helda Freire, que ainda em vida muito e primeiramente me ajudou, juntamente com um espírito amigo que se comunicava com ela através do Código Morse, e, muito especialmente, minha eterna gratidão vai para Nossa Senhora, mãe adotiva de todos nós, a quem roguei por minha vida e a minha querida mãe que procurou os meios certos para a minha cura, com muita fé e amor pelo filho (Nivardo Cavalcante Nepomuceno)".

"DÉJÀ VU", PREMONIÇÃO, CHAME DO QUE QUISER...
A mãe do redator também já teve experiências espontâneas, recebendo entidades, em diversas oportunidades, no próprio lar. O mais impressionante no entanto, foi ter tido uma visão, nítida, com quinze dias de antecedência, do funeral do Senhor Cancão, proprietário da loja do mesmo nome (antiga Ótica Cancão).
Um dos detalhes mais interessantes da visão foi a colocação do caixão: deixando o corpo com os pés voltados para o interior da casa, posição contrária ao procedimento costumeiramente adotado. Exatamente como a mãe do redator havia visto na sua estranha visão. Outros detalhes impressionantes: os castiçais de madeira, ao invés dos usuais de metal e os adereços que depois foram identificados como de origem maçônica. Isso tudo, sem se falar da morte em si, já que o citado senhor nem estava doente.
As explicações para fenômenos semelhantes, por parte dos parapsicólogos, tipo Padre Quevedo, são simplórias e até ridículas. Falam apenas em "déjà vu" ou premonições e pronto, está explicado... Quando esses pretensos estudiosos vão cair na realidade?

As Leis de Planck
Expressão matemática que descreve a quantidade de potência irradiada por um corpo negro em diferentes comprimentos de ondas. A lei foi formulada em 1900, pelo físico alemão Max Planck e assinalou o início da mecânica quântica. Foi deduzida a partir da percepção de que a energia é sempre trocada em pacotes discretos, os quais Planck chamou de "quanta". Em particular, a luz é emitida na forma de fótons (quanta de luz), cuja energia depende de seu comprimento de onda no vácuo


Nivardo Cavalcante