Ano VII - 2007/2013 - BLOG FENÔMENOS SOBRENATURAIS - Developed by IVSON DE MORAES ALEXANDRE - VOLTA REDONDA - ESTADO DO RIO DE JANEIRO - BRASIL.
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domingo, 30 de março de 2008

O MISTÉRIO DO SANTO SUDÁRIO


Uma das relíquias mais veneradas pelos cristãos é, sem dúvida, o Santo Sudário. Trata-se de um tecido de linho, medindo 4,36m de comprimento por 1,10m de largura, com o qual, segundo a tradição, José de Arimatéia teria envolvido o corpo de Jesus quando foi descido da cruz e colocado no sepulcro. A importância do Sudário para os cristãos está na imagem que aparece impressa sobre o pano, que revela o corpo de um homem de aproximadamente 1,81m de altura e cerca de 80 quilos, muito semelhante às descrições feitas a respeito de Jesus pelos evangelistas


“ Ele O desceu da cruz, envolveu-o num pano de linho e colocou-o num sepulcro...” (Lucas, 23,53)

O santo Sudário


O que se diz a respeito da origem e da autenticidade do Santo Sudário? À medida que a ciência foi avançando, foram feitos inúmeros estudos a esse respeito. A NASA, por exemplo, cedeu sofisticada aparelhagem para um rigoroso estudo científico, levado a efeito durante quatro anos.
Mas ainda hoje há muitas controvérsias entre os cientistas, e a autenticidade do Sudário é uma questão que continua desafiando os estudiosos. Como teria sido conservado durante dois mil anos? Sabe-se, com certeza, que foi conservado num cofre de prata em Chambery, e que se salvou de um incêndio ali ocorrido em 1532. Perfurado pelas gotas de prata do cofre derretido, foi remendado pelas religiosas clarissas. Sabe-se também que a partir de 14 de setembro de 1578, o Sudário se encontra em Turim.
Mas por onde andou o Sudário antes dessas datas? Segundo algumas hipóteses, o Sudário passou por Jerusalém, Edessa (hoje Urfa, na Turquia), Constantinopla, Sidon, Lirey, Chambery e, finalmente, Turim.
Com a invenção de chapas de material ortocromático, foi possível fotografar, com pouco tempo de exposição, o Santo Sudário. A primeira fotografia foi feita por Secondo Pia, em 1898. O aprimoramento da tecnologia possibilitou uma incrível surpresa: descobriu-se, inesperadamente, uma imagem, como um estranho “negativo fotográfico”, já existente há dezenove séculos! A emocionante descoberta revelou com precisão, a figura de um homem. Havia ali um maravilhoso positivo, fato que nunca ocorrera em toda a história da fotografia.
Antes disso, atribuía-se ao Sudário um valor bastante relativo de uma relíquia um pouco duvidosa, pois se pensava ser este a obra de algum pintor da Idade Média ou decalque em baixo relevo. Porém, na fotografia do Santo Sudário, foi possível que se observassem detalhes imperceptíveis na observação do lençol a olho nu.
Esse grande acontecimento, ocorrido no dia 28 de maio de 1898, foi o ponto de partida para o crescimento de um interesse interdisciplinar a respeito do Santo Sudário, que passou a ser objeto de estudo de historiadores, arqueólogos, egiptólogos, de cientistas especializados em tecidos antigos, de químicos, físicos, botânicos, anatomistas, patologistas, cirurgiões, médicos legistas, etc...
Em 1949, foi escrita uma das mais importantes obras a respeito do Sudário pelo cirurgião francês Dr. Pierre Barbet: “A paixão de Cristo segundo o Cirurgião”. Barbet foi a primeira pessoa a fazer experiências com cadáveres de indigentes para descobrir qual fora a causa da morte de Jesus.


A Paixão segundo o cirurgião


Lendo-se o livro de Barbet, que é inteiramente baseado em fatos científicos, tem-se a impressão de estar assistindo à Paixão do Senhor. De fato, jamais alguém explicou tão minuciosamente as dores e as causas da morte de Jesus na cruz . Segundo o autor, Jesus sofreu de terríveis cãibras e lutou arduamente contra a asfixia.
“Começou Jesus a sentir pavor e angústia” (Mc,14;33). “E entrando em agonia, orava com mais instância. E o seu suor tornou-se como coágulos de sangue caindo até o solo” (Lc, 22; 44). O termo médico para esse fenômeno chama-se “hematidrose”, que é a intensa vasodilatação dos capilares subcutâneos. Barbet diz: “distendidos ao extremo, rompem-se esses vasos em contato com milhões de glândulas sudoríparas. O sangue se mistura com o suor, e essa mescla poreja por toda a superfície do corpo. Mas, uma vez em contato com o ar, o sangue se coagula. Os coágulos, assim formados sobre a pele, caem por terra, levados pelo abundante suor”. A esse respeito, diz São Lucas: “E o seu suor tornou-se como coágulos de sangue, que caíam até o solo”.
Depois disso, Jesus sofreu mais de uma centena de chicotadas que, pela grave diminuição da resistência, poderiam ocasionar-lhe a morte. O Sudário mostra mais de 600 contusões e feridas espalhadas por todo o corpo de Jesus.
Sabe-se que os condenados à cruz, durante o caminho até o local da execução, iam sofrendo flagelos por todo o corpo, com exceção da região do coração, que era poupada para que não ocorresse uma “pericardite serosa traumática”, que seria mortal.
A coroa de espinhos, ao contrário do que geralmente se pensa, não tinha a forma de uma grinalda, mas de um capacete, que era colocado sobre a cabeça e enfiado a bastonadas. A cruz era constituída por duas traves: a horizontal (patibulum), pesando cerca de 50 quilos, que o condenado carregava até o local da execução; e a trave vertical (stipes), que era fixada apenas no local da execução. Com isso, imagina-se o sofrimento de Jesus, carregando um peso de 50 quilos, com as mãos presas, levando golpes e batendo no chão a cabeça, coberta por espinhos...
As mãos de Jesus foram presas à cruz com cravos de ferro medindo cerca de 17cm de comprimento por 1cm de largura. Quanto aos pés, pela imagem do Santo Sudário, constatou-se que o pé direito de Jesus foi colocado diretamente sobre a madeira e o esquerdo sobre o direito, ambos atravessados por um só cravo.
Barbet refere-se também às dores, tanto morais quanto físicas, de Jesus, que sofria ainda mais vendo o sofrimento de sua mãe aos pés da cruz. Os crucificados morriam asfixiados, depois de uma incessante e desesperada luta para respirar: o supliciado erguia os braços, firmando seu peso sobre as chagas dos pés.
Para poder falar e respirar, Jesus se apoiava nas chagas dos pés e dizia: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lucas, 23, 34). É importante realçarmos que Jesus dizia no pretérito imperfeito, ou seja, ação continuada., que nos faz supor que Ele tenha pronunciado essas palavras mais de uma vez, ao passo que disse as outras frases: “Hoje estarás comigo no paraíso”; “Tenho sede”; “Eis aí tua mãe”; “Eis aí teu filho”; “Tudo está consumado”.
O último capítulo do livro de Barbet ,e também o recente tratado de Manoel Solé, “La Sábana Santa de Turim”, tratam com igual competência a causa mortis de Jesus. São diversas as indagações sobre a verdadeira causa. Não se sabe se foi asfixia, ruptura do coração, colapso ortostático, ingestão de líquido ou o conjunto de várias causas. Diz Solé que Jesus controlou durante todo o tempo possível a sua paixão e morte, ou seja, o poder de depor a sua vida e o de retomá-la. Até que, a ponto de morrer asfixiado, teve forças de clamar em voz poderosa: “Nas tuas mãos deponho o meu espírito”.
Barbet termina seu livro com as seguintes palavras: “Ó Jesus, que não tivestes compaixão de vós mesmo, ó Jesus, que sois Deus - tende compaixão de mim, que sou pecador”


Outras descobertas


A partir da análise das marcas dos pés de Jesus no Sudário, descobriram-se impressões digitais que, com toda probabilidade, teriam pertencido à pessoa que transladou seu corpo. Essa pessoa poderia ter sido São João, José de Arimatéia ou Nicodemos.
O exame macroscópico do Sudário, feito pelo estudioso John Heller, mostrou vestígios de terra, provavelmente advinda das quedas de Jesus ao percorrer a via crucis. Foram também feitas fotomacrografias das marcas de sangue do coração do crucificado, chegando-se à conclusão de que se tratava de sangue do tipo AB, “semelhante ao tipo de sangue dos hebreus iemenitas atuais, que representam um núcleo étnico mantido imune de contaminações genéticas pelo seu isolamento. Isso reforçaria a suposição de que o Homem do Sudário era mesmo um hebreu” (Heller, John; -“Blood on The Shroud of Turin”, in Applied Optics, vol. 19, n.16, 15 de agosto de 1980, p.168).
Pe. Manoel Solé fez outra notável observação em sua obra “La Sábana Santa de Turin”, ao tratar do material do grande lençol. Ele retorna à narrativa de Plínio, o Velho (falecido no ano 79), em sua “História Naturalis”, na qual o autor revelou que naquela época os tecelões usavam o amido para dar rigidez aos fios da urdidura. Depois, tratavam o tecido com pau-sabão, planta que é rica em saponina, uma substância fungicida. Com isso,explica-se sua esplêndida conservação. Além disso, Solé descobriu que a imagem impressa no Sudário mostra o uso da barba, e de cabelos até os ombros presos atrás por um trançado, costume tipicamente judaico.
A hipótese de que o Santo Sudário seria uma pintura, foi derrubada por diversos fatores. Entre esses, a explicação de Ray Rogers, segundo a qual os materiais de uma pintura não resistiriam ao incêndio de Chambery, ocasião na qual o tecido se encontrava dentro de um cofre de prata medieval, que tem um ponto de efusão entre 900 a 960 graus centígrados.


Descobertas da NASA


Três cientistas da NASA, John Jackson, Eric Jumper e Bill Mottern, fizeram a análise da foto tridimensional das pálpebras de Jesus, chegando a uma descoberta fantástica. Encontraram algo sobre os olhos de Jesus: era uma moeda sobre cada olho. Efetivamente, para que os olhos do morto permanecessem fechados, os judeus costumavam colocar moedas ou rodelas de cerâmica sobre as pálpebras. O professor Filas, da Universidade de Loyola, de Chicago, identificou essas moedas com o lepto, cunhado por Pilatos em 31 ou 32 da era cristã, podendo-se, a partir disso, determinar a data aproximada da fabricação do Sudário.
Kurt Berna formulou a hipótese de que Jesus ainda estaria vivo no sepulcro, não tendo, pois, morrido na cruz. Essa teoria, porém, foi derrubada com o estudo da marca de sangue venoso em forma de um 3, e um enrugamento da testa em virtude de contrações do músculo frontal, mostrando a ausência de circulação sanguínea e comprovando a autenticidade dos Evangelhos.
Primeira conferência estadunidense de pesquisa sobre o Sudário de Turim (23.03.1977)
Em 23 de março 1977, foi inaugurada a Primeira Conferência Estadunidense de Pesquisa sobre o Sudário de Turim, que reuniu na cidade de Albuquerque, em New México, EUA, desde integrantes da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos, até membros da NASA e professores universitários. A intenção era a troca de opiniões sobre o modo como a imagem de Jesus ter-se-ia fixado no Santo Sudário. Até então, nenhum objeto fora submetido a tantos exames e com técnicas tão diferenciadas e modernas como, por exemplo, “emissividade”, “fluorescência do raio x”, “ativação do nêutron”, etc. Fato bastante significativo foi o de a revista Science, a revista científica mais lida no mundo, ter publicado artigo sobre o Sudário.
A partir desses estudos, chegou-se à conclusão de que o processo de formação da imagem do Santo Sudário não dependia da pressão entre o corpo e o lençol. Um fato de difícil explicação é a questão da tridimensionalidade da figura do Sudário: até hoje, é o único caso de uma fotografia bidimensional que tenha se apresentado como tridimensional.
Outro ponto de questionamento, levantado no decorrer da Conferência, foi o de estabelecer de que maneira um corpo já morto, frio, na sepultura, pôde produzir algum tipo de radiação ou calor, capaz de criar a impressão perfeita de um corpo humano? Uma das explicações dadas, embora jamais relacionada ao Santo Sudário, foi o caso da bomba atômica em Hiroshima, cuja explosão foi capaz de deixar impressa, em alguns lugares, a marca permanente das sombras de prédios e outros objetos. A partir disso, formulou-se a semelhança entre a irradiação e o fenômeno do Sudário. O que formou a imagem, segundo Ian Wilson, foi algo que tinha um poder suficiente para projetá-la sobre o linho. “O que criou, pois, a imagem, deve ter sido alguma explosão de enorme intensidade”. Mas a conclusão a que se chegou após diversas experiências, foi que ainda não se conhece nenhuma energia natural radiante que seja capaz de produzir tais efeitos sobre um pano de linho. Além disso, diz Solé, citando Barbet: “É inexplicável como um cadáver, coberto por chagas e envolto por um lençol, pôde sair dele, deixando intacto sobre ele a impressão do seu corpo e os traços do seu sangue”.
A ciência foi capaz de explicar só até certo ponto o fenômeno dessa relíquia e documento que é o Santo Sudário. Segundo Pe. Sole, o Sudário é a prova material, por excelência, da Ressurreição de Jesus Cristo Nosso Senhor!


Ao visitar o Sudário, em Turim,o papa João Paulo II afirmou que o lençol não é matéria definitiva de fé, mas recomendou que se continue estudando-o, para que “se capte, com humildade, a profunda mensagem enviada”.

sábado, 8 de março de 2008

Submarinos




















Os submarinos são uma incrível amostra de tecnologia. Até pouco tempo, a força naval operava somente sobre a superfície das águas, mas com o advento do submarino, o fundo do mar também se tornou um campo de batalha. Essa invenção que permite não só lutar em uma batalha, mas também viver durante meses, ou até mesmo anos, abaixo da superfície é considerada um dos maiores progressos da história militar.
Neste artigo, você vai saber como os submarinos mergulham e emergem e como são mantidas as condições de vida em seu interior. Também vai aprender como eles obtêm sua energia, como encontram sua rota no oceano e como podem ser resgatados

Mergulhando e emergindo
Um submarino ou qualquer tipo de embarcação pode flutuar porque o peso da água deslocada é igual ao peso da embarcação. Esse deslocamento de água cria uma força que puxa para cima, chamada força de flutuação, e age em oposição à gravidade que puxa a embarcação para baixo. Ao contrário do navio, o submarino pode controlar a sua flutuação, podendo assim afundar e emergir conforme necessário.
Para controlar a flutuação, o submarino possui tanques de lastro e auxiliares, ou tanques de balanceamento, que podem, alternadamente, serem enchidos com água ou ar (veja animação abaixo). Quando o submarino está na superfície, os tanques de lastro estão cheios de ar e a densidade total do submarino é menor que a da água circundante. Quando o submarino mergulha, os tanques de lastro são preenchidos com água e o ar nestes tanques escapa até que a densidade total seja maior do que a da água. Assim, o submarino começa a afundar (flutuação negativa). Um suprimento de ar comprimido é mantido em tanques a bordo do submarino, para prover as condições de vida e para a utilização nos tanques de lastro. Adicionalmente, o submarino possui um conjunto móvel de curtas "asas" chamadas hidroplanos na popa (parte de trás), que ajudam a controlar o ângulo de mergulho. Os hidroplanos são posicionados de forma a permitir que a água se mova sob a popa, fazendo-a mover-se para cima. Dessa maneira, o submarino desloca-se para baixo.
Para nivelar-se a uma certa profundidade, o submarino mantém o equilíbrio entre água e ar nos tanques, para que a densidade total seja igual à da água circundante (flutuação neutra). Quando o submarino atinge sua profundidade de navegação, os hidroplanos são regulados de maneira que o submarino viaje num nível através da água. A água também é forçada entre os tanques de balanceamento da proa e da popa para manter o sub-nível. O submarino pode se mover na água usando o leme da cauda para virar a estibordo (direita) ou a bombordo (esquerda); e os hidroplanos para controlar o ângulo de proa à popa. Alguns submarinos são equipados com um motor de propulsão secundário retrátil, que pode girar sobre um eixo de 360 graus.
Quando o submarino vem à superfície, o ar comprimido flui dos tanques de ar para os tanques de lastro e a água é forçada a sair, até que sua densidade total seja menor que a da água a sua volta (flutuação positiva). Isso faz o submarino emergir. Os hidroplanos são posicionados de forma que a água se mova sobre a popa, forçando-a para baixo; assim o submarino é angulado para cima. Numa emergência, os tanques de lastro podem ser enchidos rapidamente com ar de alta pressão para fazer com que o submarino vá rapidamente para a superfície

Suporte à vida no interior do submarino
Há três problemas principais quanto às condições de vida no ambiente fechado de um submarino:
· manter a qualidade do ar
· manter o fornecimento de água potável
· manter a temperatura
Mantendo a qualidade do arO ar que respiramos é composto de quantidades significativas de quatro gases:
· nitrogênio (78%)
· oxigênio (21%)
· argônio (0,94%)
· dióxido de carbono (0,04%)
Quando respiramos, nossos corpos consomem o seu oxigênio e o convertem em dióxido de carbono. O ar exalado contém cerca de 4,5% de dióxido de carbono. Os nossos corpos não fazem nada com o nitrogênio ou argônio. Um submarino é um container lacrado, que contém pessoas e um fornecimento de ar limitado. Há três coisas que devem ocorrer para que o ar do submarino seja respirável:
· O oxigênio deve ser completado à medida que for sendo consumido. Se a percentagem do oxigênio ficar muito baixa, as pessoas começam a sufocar.
· O dióxido de carbono deve ser removido do ar. À medida que a sua concentração aumenta, ele se torna tóxico.
· A umidade que exalamos através da respiração deve ser removida.
O oxigênio é fornecido pelos tanques pressurizados, por um gerador de oxigênio (que pode formar oxigênio a partir da eletrólise da água) ou por algum tipo de "reservatório de oxigênio" que o libera através de uma reação química muito quente (você deve se lembrar desses "reservatórios" pelos problemas ocorridos na estação espacial MIR1). O oxigênio é liberado continuamente através de um sistema computadorizado, que percebe a sua porcentagem no ar ou libera o oxigênio em lotes periódicos durante o dia.
O dióxido de carbono pode ser removido do ar quimicamente, usando-se uma mistura de hidróxido de sódio e hidróxido de cálcio em dispositivos chamados depuradores de gás. O dióxido de carbono fica preso nessa mistura através de uma reação química e é removido do ar. Outras reações similares podem atingir o mesmo objetivo.
A umidade pode ser removida através de um desumidificador ou através de produtos químicos. Isso evita a condensação nas paredes e nos equipamentos dentro da embarcação.
Além disso, outros gases, tais como o monóxido de carbono ou o hidrogênio, que são gerados por equipamentos e pela fumaça de cigarros, podem ser removidos usando-se um queimador de gás. Finalmente, os filtros são usados para remover partículas, sujeira e poeira do ar.
Mantendo o fornecimento de água potávelMuitos submarinos possuem uma aparelhagem para destilar a água retirada do mar e torná-la potável. A unidade destiladora aquece a água do mar até esta chegar ao ponto de vapor, o que remove os sais, e, em seguida, resfria o vapor de água em um tanque coletor de água potável. A unidade destiladora, em alguns submarinos, pode produzir de 38 a 150 mil litros de água potável por dia. Essa água é usada, principalmente, para o resfriamento de equipamentos eletrônicos (tais como computadores e equipamentos de navegação) e para o uso da tripulação (para beber, cozinhar e para a higiene pessoal).
Mantendo a temperaturaA temperatura do oceano em volta do submarino é de 4 ºC. O metal da embarcação conduz o calor interno para a água circundante. Desta forma, os submarinos devem ser aquecidos eletricamente para manter uma temperatura confortável para a tripulação. A energia elétrica para os aquecedores vem do reator nuclear, de um motor a diesel ou de baterias (emergência).

Fornecimento de energia
Os submarinos nucleares usam reatores nucleares, turbinas a vapor e engrenagens de redução para acionar o eixo propulsor principal, que fornece o impulso para a movimentação na água (um motor elétrico aciona o mesmo eixo quando ancorando no cais ou em uma emergência).
Os submarinos também precisam de energia elétrica para poder utilizar os equipamentos a bordo. Para fornecer essa energia, eles são equipados com motores a diesel, que queimam combustível e/ou reatores nucleares, que usam fissão nuclear. Os submarinos também possuem baterias. Os equipamentos elétricos normalmente são ligados às baterias que, por sua vez, obtêm sua energia do motor a diesel ou do reator nuclear. Em casos de emergência, as baterias podem ser a única fonte de energia para o funcionamentos da embarcação.
Um submarino a diesel é um bom exemplo de um veículo híbrido. Muitos submarinos a diesel usam esse combustível em dois ou mais motores. Eles podem acionar propulsores ou geradores que recarregam um grande banco de baterias. Podem ainda trabalhar em conjunto, um motor acionando um propulsor e o outro acionando um gerador. O submarino deve estar na superfície (ou um pouco abaixo da superfície usando um snorkel) para fazer com que os motores a diesel funcionem. Uma vez que as baterias estejam completamente carregadas, o submarino pode ir para o fundo. As baterias fornecem energia aos motores elétricos que acionam os propulsores. O submarino a diesel só pode submergir usando baterias. Os limites da tecnologia das baterias limita drasticamente o espaço de tempo em que um submarino a diesel pode permanecer debaixo d'água.
Essas limitações das baterias levaram ao crescimento das pesquisas sobre a utilização da energia nuclear nos submarinos. Os geradores nucleares não necessitam de oxigênio, permitindo que um submarino, usando essa energia, possa permanecer durante semanas debaixo d'água. Como o combustível nuclear também dura muito mais do que o diesel (sua energia pode durar anos), um submarino nuclear não precisa ir até a superfície para reabastecimento, o que significa que pode permanecer no mar por muito mais tempo.
Os submarinos nucleares e porta-aviões são equipados com reatores nucleares quase idênticos aos reatores usados nas usinas comerciais. O reator produz calor para gerar vapor que compele a turbina. Esta, por sua vez, aciona diretamente os propulsores e os geradores elétricos. As duas maiores diferenças entre reatores comerciais e reatores em embarcações nucleares são:
· O reator em uma embarcação nuclear é menor.
· Como esse reator é menor, o combustível utilizado precisa ser altamente enriquecido para gerar uma grande quantidade de energia

Navegação
Como a luz não penetra no fundo do oceano, os submarinos navegam virtualmente cegos. No entanto, essas embarcações são equipadas com cartas náuticas e sofisticados equipamentos de navegação. Quando estão na superfície, os submarinos utilizam um sistema de posicionamento global (GPS) que determina precisamente sua latitude e longitude, mas, uma vez submersos, precisam empregar sistemas de orientação inerciais, (elétricos, mecânicos), que orientam a rota a partir de um ponto fixo inicial usando giroscópios. Os sistemas de orientação inercial são precisos para 150 horas de operação e devem ser realinhados com os outros sistemas de navegação dependentes da superfície (GPS, rádio, radar e satélite). Com esses sistemas a bordo, um submarino pode ser conduzido com precisão de cem pés ao longo de seu curso planejado.
Para localizar um alvo, um submarino usa um SONAR (sound navigation and ranging) ativo e passivo. O sonar ativo emite pulsos de ondas sonoras que viajam através da água, refletem no alvo e retornam para a embarcação. Sabendo qual é a velocidade do som na água e o tempo necessário para a onda sonora viajar até o alvo e voltar, os computadores podem rapidamente calcular a distância entre o submarino e o alvo. As baleias, os golfinhos e os morcegos usam a mesma técnica para localizar a presa (ecolocação). O sonar passivo consiste em ouvir os sons gerados pelo alvo. O sonar também pode ser usado para realinhar os sistemas de navegação inercial ao identificar as características conhecidas do fundo do oceano.